top of page

Assessoria de imprensa é relação. É ocupação de espaço público

  • Foto do escritor: Angola Comunicação
    Angola Comunicação
  • 23 de jun.
  • 2 min de leitura

por Catarina de Angola*

Comunicar não é só contar histórias, mas também disputar sentidos. É disputar o debate público. Esta semana, aqui na Angola Comunicação, estamos mergulhadas em um treinamento de mídia com lideranças de organizações sociais de todo país que atuam com sociobiodiversidade. 

Mas aqui vai um aprendizado que vale para todas as organizações da sociedade civil: precisamos falar também com quem não nos segue. Se a gente quer mudar o debate público, precisa estar nele. Precisa disputar sentidos e a ação de assessoria de imprensa é muito importante para isso. 

A comunicação é um território de disputa. A imprensa, com todos os seus limites, ainda é um dos espaços centrais onde se forma a opinião pública, onde se legitima o que é pauta relevante e o que vira assunto nacional.

Ter uma relação consistente com jornalistas é estratégico. Não é só sobre aparecer quando dá problema. É construir relação de confiança, de troca, de escuta. É ajudar a imprensa a entender o que está em jogo nas nossas lutas. É fazer com que nossas vozes não sejam só fonte de crise, mas fonte de solução, de contexto, de perspectiva.

Assessoria de imprensa é relacionamento e precisa ser planejada e contínua. Foto: Freepik



Essa relação se constrói com constância, com disponibilidade e com preparação. Por isso, deixamos aqui alguns ensinamentos que têm guiado o nosso trabalho (e os nossos treinamentos):Tenha nitidez sobre o que você quer pautar. Antes de falar com a mídia, saiba qual mensagem sua organização quer colocar em circulação. O que você quer que as pessoas saibam? Que debate você quer provocar?


Construa relação antes da crise.Não espere um problema acontecer para procurar jornalistas. Envie materiais, ofereça fontes, mostre que sua organização tem repertório e contexto.

Seja uma fonte confiável e propositiva.Jornalistas procuram quem explica, contextualiza e traz soluções. Ser uma fonte bem preparada aumenta suas chances de ser ouvido (e chamado de novo).


Entenda o funcionamento dos veículos.Cada meio tem sua lógica de tempo, formato e linguagem. Saber como funcionam as redações ajuda a construir pautas com mais chance de publicação.


Não abra mão da disputa de narrativa.Mais do que sair na imprensa, o desafio é fazer isso de forma que fortaleça as causas que você defende. Escolha bem suas palavras, seus porta-vozes e o momento de falar.


Se quiser conversar mais sobre o assunto, convida a gente.


Até a próxima Fuá!


*Catarina de Angola é mãe, jornalista, idealizadora e diretora executiva da Angola Comunicação.

 
 
 

Comentários


bottom of page