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O que aprendemos no primeiro trimestre de 2025?

  • Foto do escritor: Angola Comunicação
    Angola Comunicação
  • 14 de abr.
  • 3 min de leitura

Por Catarina de Angola*


Comunicar é presença: aprendizados para um 2025 com conexão e impacto.


O segundo trimestre de 2025 já chegou! E, por aqui, a gente sempre acha importante ir refletindo e avaliando sobre o que já trilhamos ao longo do ano. Acreditamos que essa é a melhor forma de ajustar os planos, enquanto eles se desenvolvem, para chegarmos aos objetivos planejados. Olhando para o que construímos juntas aqui na FUÁ, refletimos bastante sobre os caminhos da comunicação nesses primeiros três meses, sobre conexão, planejamento e uso estratégico das tecnologias, tudo isso numa perspectiva de inclusão e respeito às diversidades. E por isso, reunimos nesta edição aprendizados essenciais deste começo de ano para você integrar ao planejamento estratégico ainda neste semestre:


Presença é resistência - comunicar vai além do digital. A tecnologia acelera conexões, mas a transformação social tem relação direta com o presencial e uma escuta ativa e atenta. Valorizar o que acontece no offline tem sido mais urgente do que nunca, diante de um mundo onde as relações estão cada vez mais mediadas por telas. Na nossa comunicação é muito importante manter os encontros pessoais e espaços físicos como ação, resgatando diálogos que também promovem empatia.


Comunicação não é apenas aplicativo de rede social - aprendemos que concentrar nossa comunicação apenas no Instagram ou em qualquer outra rede social é limitar nosso alcance e potencial transformador, além de ser uma armadilha para a memória das organizações. O digital deve ser integrado a uma estratégia mais ampla, diversificada e inclusiva, que considere diferentes públicos e contextos. Comunicar bem também é saber quando sair das redes para fortalecer diálogos em outras plataformas ou espaços presenciais, que sobrevivam às mudanças geopolíticas e econômicas. Ter espaços próprios para armazenar o que se produz em comunicação é uma forma de manter viva a memória dessas produções.


A comunicação também é ciência e ela precisa de todas as vozes - o apagamento histórico das mulheres na ciência revela uma comunicação incompleta, fruto de desigualdades estruturais. A comunicação tem o papel de ecoar o conhecimento construído por mulheres negras, indígenas, quilombolas, ribeirinhas e extrativistas, destacando suas contribuições e perspectivas únicas. Ao diversificarmos quem conta as histórias, promovemos equidade, inovação e um conhecimento realmente democrático.


Inteligência artificial: uma aliada para usar com consciência - integrar a inteligência artificial ao cotidiano pode ser revolucionário. Mas é fundamental ter criticidade ao usar essas ferramentas e fazer uma constante reflexão política. Inclusive utilizei ela aqui para elencar os aprendizados deste texto. O uso responsável da IA demanda checagem constante e consciência dos seus limites e vieses. Precisamos lutar por regulação e direitos digitais que garantam segurança, inclusão e ética no uso dessas tecnologias.


Comunidade: o coração da comunicação - as comunidades são mais do que uma tendência de marketing; são a essência da mobilização social e da construção de relações significativas. Trabalhar comunicação em comunidade é garantir engajamento autêntico, conexões reais e participação ativa das pessoas envolvidas. Fortalecer redes baseadas em pertencimento é um passo estratégico crucial para qualquer iniciativa de impacto.


Registros de atividades de comunicação realizadas em São Luís/MA e Condado/PE pela equipe da Angola Comunicação em 2025 - Fotos: Anna Terra e Catarina de Angola / Angola Comunicação
Registros de atividades de comunicação realizadas em São Luís/MA e Condado/PE pela equipe da Angola Comunicação em 2025 - Fotos: Anna Terra e Catarina de Angola / Angola Comunicação

Método e organização valorizando o que já se faz - você já possui um método eficaz – talvez só precise reconhecê-lo e sistematizá-lo melhor. Antes de buscar soluções externas, pare e reflita sobre o que já funciona na sua prática. Organize o básico, sistematize processos e valorize seus conhecimentos internos para ampliar resultados e impacto.


O básico pode ser transformador - por fim, o básico é poderoso demais para ser ignorado. Comunicação estratégica e eficiente começa pela organização de elementos fundamentais como identidade visual, site atualizado, calendário editorial consistente e processos definidos de comunicação institucional. O simples e constante é o alicerce para uma comunicação sólida e eficaz.


Ao olhar para esses aprendizados, refletimos por aqui que esses são passos importantes para que a comunicação seja estratégica, mas ela não pode deixar de ser crítica e, acima de tudo, humana. Agora começando este novo trimestre, já estamos ansiosas para fazer a reflexão dos ensinamentos deste novo período. Nossa equipe da Angola Comunicação continua por aqui, e se você quer conhecer mais sobre como podemos ajudar a potencializar a comunicação da sua organização ou projeto, é só entrar em contato pelo e-mail contato@angolacomunicacao.com


*Catarina de Angola é mãe, jornalista, idealizadora e diretora executiva da Angola Comunicação, com atuação em assessorias e gestão decomunicação no terceiro setor.

 
 
 

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