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Ampliar fronteiras e somar aprendizados: nossa primeira missão na China

  • Foto do escritor: Angola Comunicação
    Angola Comunicação
  • 9 de out.
  • 3 min de leitura

por Catarina de Angola*


Outubro chegou e com ele a nossa ida para a China. É a primeira vez que a Angola Comunicação estará no continente asiático e, durante quinze dias, passaremos por diferentes cidades para conhecer um pedaço dele (já que é gigantesco) e mais de perto o país. Queremos saber mais sobre seus negócios e seus processos de inovação, mas também quero olhar com atenção para áreas que se conectam diretamente com a nossa prática, como educação, tecnologia e inteligência artificial, comunicação, informação e agenda socioambiental, em especial a pauta climática.


A ideia é ampliar olhares e a escuta e conectar aprendizados que dialoguem com a experiência que acumulamos no Brasil e na América Latina, fortalecendo nossa atuação no Sul Global a partir da inovação e do impacto social.


Muita gente me pergunta por que ir à China, e percebo que essa não seria uma questão se disséssemos que vamos aos Estados Unidos, por exemplo. Parece que alguns destinos são considerados naturalmente legítimos quando se fala em inovação e tecnologia, mas outros ainda despertam estranhamento. Para nós, estar na China é parte do mesmo movimento que sempre orientou a Angola Comunicação: ampliar fronteiras, aprender com diferentes contextos e trazer esse conhecimento para fortalecer as organizações e movimentos com os quais trabalhamos.


Nossa trajetória foi construída assim, combinando estudos e teorias com a prática dos territórios, sejam eles Semiáridos, Amazônicos, Litorâneos… e em tantos outros lugares onde aprendemos com a força da mobilização popular. São seis anos de Angola Comunicação, somados à minha própria jornada de mais de duas décadas caminhando com organizações e movimentos sociais. Cada experiência se acumula, soma e se transforma no trabalho que realizamos, digo isso com muita alegria!


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Ir à China nesse momento também tem relação com a conjuntura global. O ano começou com a reafirmação de mudanças políticas que impactaram não só a política internacional, mas diretamente nossos parceiros e clientes, principalmente em função das dinâmicas de financiamento internacional e ataques à direitos. Temos acompanhado como países do Sul Global, e a China em particular, vêm ocupando mais espaço nesse debate e se aproximando de iniciativas que defendem direitos e buscam sustentabilidade em novos arranjos. Explorar essas possibilidades pode nos ajudar a compreender de que forma o ecossistema chinês influencia e pode fortalecer a sustentabilidade das organizações com as quais trabalhamos.


E não vamos sozinha, estaremos juntas com a Painá Catalisadora de Impacto, nossa parceira, somando forças para ampliar nossa visibilidade institucional e reafirmar nosso posicionamento e atuação com organizações do Sul Global. Teremos ainda a assessoria da Soma.


Para mim, cada viagem que fiz sempre foi uma oportunidade de escuta, observação e aprendizado, mesmo aquelas mais cotidianas no ônibus de linha da minha comunidade ao centro da cidade, até quando consegui ir alçando novas estradas e vôos. Foi assim em Pernambuco, meu estado, depois em outros estados do Nordeste, em diferentes territórios do Brasil e também fora do país.


E assim sigo agora com esta ida à China: olhos e ouvidos atentos, disposição para escutar, aprender, sentir e disposição para trocar. Quero compartilhar essas experiências com vocês, e se houver interesse em acompanhar mais de perto ou em sugerir pontos de atenção para esse período, escrevam para mim. Essa troca é parte fundamental da forma como entendemos a comunicação: como algo que se constrói coletivamente e que amplia horizontes quando se abre para diferentes vozes e territórios.


*Catarina de Angola é mãe, jornalista e consultora em comunicação. Fundadora e diretora executiva da Angola Comunicação.


 
 
 

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